Estar entre os principais artilheiros do Campeonato Brasileiro, considerado por alguns como um dos mais difíceis do mundo, seria garantia para pleitear uma vaga na seleção brasileira? Nem sempre é assim que ocorre: o titular absoluto da equipe do técnico Luiz Felipe Scolari, o artilheiro Fred, afastado da maioria dos jogos, marcou apenas três gols, enquanto o artilheiro da competição Éderson, do Atlético Paranaense, com 21 gols, está longe de ter seu nome cogitado para o escrete canarinho.
Outro preferido nas convocações de Felipão, Alexandre Pato, do Corinthians, não emplacou em sua equipe, embora tenha marcado 9 gols, um número superior ao de outro convocado Jô, do Atlético Mineiro, que só marcou 7 gols, mesmo número de Ronaldinho Gaúcho, que ficou afastado da competição em várias partidas devido também a contusão. Leandro Damião, outro atacante que andou sendo testado, sofreu também com contusão e só conseguiu marcar 5 gols.
Eis a lista dos artilheiros do Campeonato Brasileiro com 10 ou mais gols:
21 gols - Éderson (Atlético-PR)
16 gols - Hernane (Flamengo); Dinei (Vitória-BA)
15 gols - Fernandão (Bahia); Cícero (Santos)
14 gols - William (Ponte Preta); Gilberto (Portuguesa)
13 gols - Walter (Goiás)
12 gols - Alex (Coritiba); André (Vasco)
11 gols - Paulo Baier (Atlético-Paranaense); Lins e Wellington Paulista (Criciúma); D'Alessandro (Internacional); Aloísio (São Paulo); Maxi Biancucchi (Vitória-BA)
10 gols - Elias e Rafael Marques (Botafogo); Borges e Ricardo Goulart (Cruzeiro); Rafael Sobis (Fluminense)
Kaká: o sonho da volta
Kaká voltou a jogar bola e com isso a aumentar a expectativa pelo retorno à seleção brasileira, justamente em uma posição na qual apenas o meia Oscar desenvolve um esquema similar ao seu. A vantagem do atleta do Milan, que acaba de marcar seu 100º gol pela equipe italiana, é a experiência e o vigor físico, embora Oscar ganhe em mobilidade. Na segunda-feira, Kaká foi autor de dois gols, na vitória por 3 a 0 do Milan sobre a Atalanta, no estádio San Siro, em Milão.
Blatter x Dilma: jogo duro
A presidente Dilma, em ano eleitoral, não tem gostado das declarações do presidente da Fifa, Joseph Blatter, em torno da organização da Copa do Mundo. Setores do governo alegam que as críticas podem prejudicar a imagem do governo, justamente em uma área de grande apelo popular, dando ideia de que no país as coisas são feitas com muita morosidade. Essas declarações inclusive reforçam os argumentos dos que criticam o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) também pela morosidade. Além da demora na construção dos estádios, sabe-se que Blatter também espera um plano mais audacioso do governo em termos de segurança para a Copa do Mundo, a fim de que os protestos de rua não venham a atrapalhar os jogos do Mundial.
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