O Campeonato Carioca começou com o tropeço dos grandes Vasco e Botafogo, empatando, e o Fluminense perdendo para equipes pequenas. Mesmo o Flamengo vitorioso, escapou por um gol aos seis minutos do primeiro tempo e com sua equipe reserva também não conseguiu mostrar muita superioridade sobre o adversário.
Muitas equipes - técnicos e jogadores - dão a desculpa esfarrapada para o mau futebol apresentado no início de temporada com a justificativa de que estão retornando das férias e que a chamada pré-temporada não foi realizada em um bom período de tempo. Alegam que as chamadas equipes pequenas estão treinando há mais de dois meses e por isso exibem melhor preparo físico e técnico, etc.
O grande fato é que quem escolhe a profissão de jogador profissional, mesmo no período de férias deve ter um compromisso com a sua forma física e se possível técnica. Nada impede que na viagem com a namorada ou com a família, enquanto todos curtem o repouso até mais tarde que o atleta mantenha a forma com uma boa corrida e sequencia de exercícios, solicitadas ao preparador físico do clube e mesmo a orientação da nutricionista, no caso dos que encontram dificuldade com a balança.
Não é verdade que muitos fiquem longe do contato com a bola durante as férias. As partidas lúdicas são disputadas com frequência, embora sem a exigência de uma verdadeira competição. Quando o seu time, por exemplo, terminou o ano sendo rebaixado ou em vias de rebaixamento, com o departamento jurídico se desdobrando para manter a equipe na primeira divisão, cresce a obrigação de o atleta sem abrir mão das férias, não se descuidar de seu preparo.
No caso do Campeonato Carioca, o retorno não se dá imediatamente para uma disputa com equipes mais fortes, como na Libertadores ou Brasileiro. São clubes modestos que apenas se esmeraram na preparação, mas com atletas, reconhecidamente, mais limitados.
Quando os dirigentes dos clubes cobram ingresso com valores de competição estão obrigados a colocarem em campo seus melhores jogadores e não empurrarem a responsabilidade de um fracasso para a equipe reserva. Nesse caso, o mais honesto seria a redução drástica do valor do ingresso, mostrando ao clube que o campeonato nada mais é que a continuidade de uma pré-temporada, na qual o atleta com excesso de peso vai procurar entrar em forma.
O uso de equipes reservas é uma covardia contra o torcedor. Ele também depois de um longo tempo distante das equipes pela qual torcem, gostariam de ver em campo, de imediato, as principais atrações (que não são tantas assim). Mas ao contrário lhe vendem gato por lebre e só no fim do campeonato acabam verificando que as equipes não estão tão fortes como aparentavam. Então, a solução caseira é adotada, a queda do técnico e quem sabe novos reforços para tentar salvar a equipe.
Qualquer campeonato profissional deve contar com a força máxima. É uma questão de respeito aos torcedores.
MAURICIO FIGUEIREDO
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