Não se trata de virar a mesa diante de um critério aceito por todas as equipes. Contudo, o grande fato é que o rebaixamento das equipes consideradas da elite do futebol brasileiro só tem feito mal ao próprio campeonato. Uma disputa nacional, por exemplo, como a deste ano sem a presença do Palmeiras acaba sendo ruim para todos, como já ocorreu em outras ocasiões com o Corinthians, Botafogo e o próprio Vasco e Fluminense.
Em um campeonato com 20 equipes, montado com um calendário em que as partidas de acavalam, não dando tempo para o treinamento das equipes e recuperação de atletas contundidos, o nivelamento acaba sendo a tônica. Outros problemas como o esfacelamento dos times, com a saída de jogadores durante a competição, obrigando aos técnicos - estes também sendo afastados a cada sequência de partidas perdidas - a uma difícil remontagem do grupo, enfraquecem o campeonato.
É verdade que o futebol estrangeiro também adota o critério do rebaixamento. Contudo, a queda de uma grande equipe na Espanha (onde revezam na conquista do título Barcelona e Real Madrid) ou da Itália (também com poucas opções de campeões) é sempre mais difícil, ao contrário do futebol brasileiro, no qual surge o paradoxo de uma equipe como o Fluminense ser campeã de uma temporada e na seguinte, com praticamente, grande parte do elenco mantido correr risco de ser rebaixada.
Nada contra equipes menores, muitas com merecimento conquistam o direito de participar da série A do campeonato. Mas, há também outras -e muitas - sem qualquer maior atrativo e tradição, cuja participação contribui para o empobrecimento técnico e financeiro do campeonato.
Em 2014, o Palmeira está de volta, sendo acompanhado pelo Sport do qual se espera uma campanha melhor do que a registrada pelo Náutico que de forma melancólica obteve apenas 4 vitórias na competição). Estão subindo também a Chapecoense e o Figueirense.
Que clubes da série B tenham direito ao acesso é indiscutível. No entanto, um campeonato Brasileiro com ausência de equipes como os quatro grandes de São Paulo e os quatro do Rio, Grêmio e Internacional, Cruzeiro e Atlético Mineiro reconhecidamente os grandes centros do futebol no país, em termos de torcida e poderio financeiro, representa um tiro no pé da qualidade da própria competição.
O REBAIXAMENTO
O Náutico e Ponte Preta foram os primeiros a afundar e agora, completada a penúltima rodada do Brasileiro, Vasco e Fluminense começam a fazer água como o Titanic, correndo o risco de irem a pique na rodada final no próximo domingo. Os resultados deste domingo não foram bons para a dupla carioca.
O rebaixamento de pelo menos um carioca - Vasco ou Fluminense - é tida como certa. As partidas da última rodada são as seguintes, no próximo domingo:
Bahia x Fluminense; Atlético Paranaense x Vasco; Flamengo x Cruzeiro; Botafogo x Criciúma; Atlético Mineiro x Vitória; Goiás x Santos; Portuguesa x Grêmio; Internacional x Ponte Preta; Náutico x Corinthians; São Paulo x Coritiba.
A colocação dos últimos da tabela é a seguinte:
13º - Portuguesa - 47 pontos - 12 vitórias - 11 empates - 14 derrotas - 50 gols - 46 gols contra - saldo de 4 gols
14º - Internacional - 47 pontos - 11 vitórias - 14 empates - 12 derrotas - 51 gols - 52 gols contra - saldo de menos 1
15º - Criciúma - 46 pontos - 13 vitórias - 7 empates - 17 derrotas - 49 gols - 60 gols contra - saldo de menos 11 gols
16º - Coritiba - 45 pontos - 11 vitórias - 12 empates - 14 derrotas - 41 gols - 45gols contra - saldo de menos 4 gols
17º - Vasco - 44 pontos - 11 vitórias - 11 empates - 15 derrotas - 49 gols - 56 gols contra - saldo de menos 7 gols
18º - Fluminense - 43 pontos - 11 vitórias - 10 empates - 16 derrotas - 41 gols - 46 gols contra - saldo de menos 5 gols
19º - Ponte Preta - 36 pontos - 9 vitórias - 9 empates - 19 derrotas - 37 gols - 55 gols contra - saldo de menos 18 gols
20º - Náutico - 17 pontos - 4 vitórias - 5 empates - 28 derrotas - 21 gols - 79 gols contra - saldo de menos 58 gols
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