DE SOCOS NA BOLA
A posição de goleiro foi uma das que mais evoluíram no futebol. A começar pelo tamanho, quando passou-se a priorizar a altura. Gilmar, goleiro bicampeão mundial brasileiro (1958-1962) tinha 1,81m. Agora contamos com Júlio Cesar (1,86m), Jefferson (1,88m) e Diego Cavallieri (1,91m). A figura do treinador de goleiros - geralmente um ex-atleta da posição - passou a ser figura constante em qualquer equipe. Muitos ensinamentos são transmitidos, procurando-se melhorar o rendimento do goleiro. O uso de tapes e de informações estatísticas valiosas sobre os principais jogadores do adversário auxiliam muito o goleiro.
No entanto, não basta ser alto para que o goleiro transmita realmente segurança a equipe ou mesmo possa ser considerado eficiente. Há outros fundamentos que, muitas vezes são deixados de lado no futebol atual. Um deles é o da saída de bola. Sair jogando com as mãos, com passes precisos é um deles. Há situações que o goleiro opta em dar um chutão para frente, de forma totalmente sem direção, rifando a bola para o adversário.
Um vício constante é o de rebater toda a bola que vai em direção do gol, sendo poucos os goleiros que possuem confiança simplesmente para agarrar a bola. Muitos que tentam, pela falta de treinamento e o excesso de tapinhas e rebatimentos acabam "batendo roupa" de maneira grotesca. Com isso, é comum as rebatidas para os pés dos atacantes, culminando em gol do adversário. Qualquer bola alçada na área é fruto de um acomodado tapinha para escanteio, que, no futebol atual passou a ser uma jogada altamente perigosa.
Poucos também são os goleiros com capacidade de sair jogando com os pés, embora tal fundamento possa ser valioso em muitas ocasiões.
Goleiros que não agarram e dão chutões sem direção tem sido uma constante em muitas equipes. Preocupou-se muito com o fator altura e outros aspectos, mas deixando-se de lado o fundamental: goleiros que saibam agarrar. Gilmar dos Santos Neves por isso deveria servir de inspiração a muitos dos que atuam na posição.
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