Quem lê crônicas antigas de José Lins do Rego, o escritor rubro-negro histórico, vê que na construção do Maracanã, nas primeiras discussões era para ser o estádio do Flamengo. Como a coisa, já naquela época não andava, a prefeitura resolveu construir mesmo o estádio municipal. A escolha do local foi cercada de grande polêmica. Carlos Lacerda queria que o estádio fosse em Jacarepaguá. Mas prevaleceu a ideia de ergue-lo no espaço no Maracanã, com a desapropriação dos moradores da favela do Esqueleto, formada por centenas de casebres de madeira, em meio a um verdadeiro lamaçal ampliado por esgoto a céu aberto.
O correto pela importância do Futebol como instrumento de Cultura, Esporte e Cidadania, pois em torno dele está milhares e milhares de pessoas, sendo atualmente inclusive - para o mau e para o bem - "mercadoria" da pauta de exportação brasileira, seria o Poder Público fazer do Maracanã, estádio de todos os clubes. Mas, a ganância que "destrói coisas belas" optou pela privativação. O Maracanã tornou-se inviável. O Engenhão arrendado está destruindo o Botafogo.
O Flamengo e os clubes cariocas não precisam de estádios. Possuem o Estádio Municipal que um dia foi para as mãos do estado. Quando Mário Filho - que dá nome ao estádio - levantou a campanha para a construção do Maracanã, para principal palco da Copa do Mundo de 1950, foi no sentido de que ele se transformasse em uma Casa do Povo.
Mas, cada vez mais o povo brasileiro vem sendo jogado para escanteio.
Recado do Repórter - www.agenciareporterdigital.com.br
Ilustração: Maracanã
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário