O Flamengo realizou no sábado um amistoso caça-níquel, enfrentando o Icasa, no Romeirão (foto) em Juazeiro do Norte, interior do Ceará. O campo esburacado impediu que uma melhor avaliação fosse feita do elenco rubro-negro antes da estreia em 10 de maio contra o São Paulo.
O que fica claro, no entanto, é o seguinte:
Paulo Victor é um bom goleiro, mas tem deficiências na saída de bola e também em algumas bolas alçadas para a área. Colocá-lo em nível de seleção brasileira é algo como absurdo. Seu reserva Cesar é inexperiente e um tanto atabalhoado.
Pará é um jogador voluntarioso. Pode ser que dê certo, pois o Flamengo é uma equipe que abriga bem atletas raçudos. Essa no passado foi a posição de Tomires, que, segundo alguns inventou o ponta-esquerda recuado que fugiam de sua pancadaria. Luiz Antonio no amistoso foi improvisado na posição, de acordo com a tese de que o Mengo deve ter jogadores versáteis.
A zaga titular é formada por Wallace e Bressan, mas há interesse de se colocar o jovem Samir, com a expectativa de que venha a ser convocado para a seleção olímpica, valorizando o plantel da Gávea. Os reservas Frauches e Marcelo precisam de mais ritmo de jogo o que poderia ter ocorrido no campeonato carioca caso as equipes grandes não encontrassem dificuldades contra os chamados pequenos.
Anderson Pico é considerado esforçado, alternando grandes jogadas com outras pífias e Thalysson sentiu o peso da camisa rubro-negra, não conseguindo ainda deslanchar. A expectativa é em torno do colombiano Arguero, que chegou fora de forma, pois estava encostado no Milan e veio para o estaleiro do futebol brasileiro.
Jonas é garoto da base. Tem demonstrado qualidades, mas ainda é inexperiente. Antes dele Muralha também seria a sensação e não vingou como tantos outros. Ao seu lado estará Caceres, mas o estrangeiro também não é nenhuma sumidade. Márcio Araújo rodou por outras equipes grandes e não se fixou, vindo parar no Flamengo. Lucas Mugni está sendo reiventado pelo técnico Luxemburgo para uma nova função, não sabendo até onde vai a paciência da torcida, como ocorreu com o saudoso Carlos Eduardo.
Arthur Maia, Gabriel e Everton são jogadores que representam uma incógnita. Tanto podem explodir como simplesmente sumir em uma batalha como a do Brasileirao.
Almir poderá ser a estrela da companha. A idade é a única barreira em terra de cego como o futebol brasileiro, no qual Robinho e Kaká, encostados no Milan, retornaram com o velho status.
Marcelo Cirino é a nova invenção do técnico Luxemburgo. No Atlético Paranaense ganhou fama de não marcar gol em clássicos. Agora no Flamengo Luxa descobriu que perto da área pode ser a sensação. Só que Alecsandro, com menos participação que ele, marca os mesmos gols, sem falar de Nixon, um garoto da base mas que se recupera de uma cirurgia e não se sabe como estará na volta.
Paulinho é o novo xodó da torcida, mas depois da cirurgia passou a ser um ponto de interrogação.
Eduardo da Silva - pois é veio disputar a Copa no Brasil e desde então nunca conseguiu entrar em forma. Resta saber se a torcida aguenta esperar por isso.
No campo esburacado do Romeirão, o Mengão venceu o Icasa por 1 a 0, com gol de Gabriel aos 21 minutos do segundo tempo, com a seguinte escalação:
FLAMENGO: Paulo Victor (Cesar); Pará (Luiz Antônio), Wallace (Frauches), Bressan (Marcelo) e Anderson Pico (Thalysson); Jonas (Cáceres), Márcio Araújo (Lucas Mugni) e Arthur Maia (Almir); Gabriel, Everton e Marcelo Cirino (Eduardo da Silva)
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
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