domingo, 31 de maio de 2015
Cristóvão Borges e o jogo da vingança
Há quem considere o técnico Cristõvão Borges ainda inexperiente para a difícil empreitada de comandar o Flamengo. De verdade, ele como técnico só autuou nos três grandes do Rio - Vasco, Fluminense e Flamengo - e mais no Bahia, quando teve o seu pior desempenho. Sua melhor performance foi registrada no Vasco, mas com uma equipe e esquema montado pelo técnico Ricardo Gomes, o qual substituiu justamente em um estado de grande pressão, quando o titular sofreu um AVC durante partida contra o Flamengo.
É justamente o estilo Zen de Cristóvão que o leva a um olhar de desconfiança entre alguns torcedores e dirigentes rubro-negros. Alguns preferiam a efetivação do auxiliar Jaime de Almeida, por pelo menos conhecer melhor o difícil e conturbado mundo da Gávea, enquanto outros queriam um técnico do mesmo porte do demitido Vanderlei Luxemburgo.
De qualquer forma, Cristóvão demitido em março pelo Fluminense, sabe que é contra seu ex-clube que terá de apresentar de imediato suas cartas. Pode não ser para ele o jogo da vingança, mas na realidade não há outra maneira de encarar a partida deste domingo às 18h30 no Maracanã. Caso o Flamengo sofra uma derrota, a crise na Gávea aumentará ainda mais e a desconfiança em relação ao novo técnico aumentará, mesmo levando-se em conta o fato de que não teve tempo de treinar a equipe e conhecer os jogadores do elenco. Não interessa, o que se espera é um milagre no Maracanã.
Adepto do futebol de toques, pois no passado foi um jogador de meio-campo de estilo clássico, Cristóvão ganhará muito se no vestiário proibir que a equipe rubro-negra pare de dar chutões desnecessários, acreditando que seus velozes coelhinhos Everton, Cirino e Gabriel, além de Paulinho, chegarão na frente dos zagueiros adversários.
O problema é que no Fluminense, Cristóvão contava com um maestro chamado Dario Conca. Quando perdeu o jogador para o futebol chinês o time começou a cair de produção e com isso o técnico teve a cabeça cortada.
No Flamengo, um clube que demite o "medalhão" Luxemburgo, cortar a cabeça do Cristóvão não custa nada. Ainda nem começou e já há gente querendo isto.
MAURICIO FIGUEIREDO
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