quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Pitbull se destrambela e ferra o Mengão

É preciso que os jogadores brasileiros entendam, de uma vez por todas, que Libertadores não é guerra, mas sim uma disputa mais acirrada e de melhor nível que muitas partidas dos campeonatos estaduais e mesmo do Brasileiro. Por desconhecer isso, aos 13 minutos do primeiro tempo da partida contra o León, do México, disputada na altitude de 1.800 metros, o pitbull (conforme se intitula) Amaral, volante do Flamengo, com uma entrada criminosa sobre o adversário foi expulso, comprometendo a atuação de toda a equipe.

Até então, a partida era equilibrada, com Hernane, aos 6 minutos, inclusive tendo acertado a trave adversária, aproveitando triangulação na esquerda, com cruzamento de Everton, dando ideia de que a nova escalação do técnico Jayme de Almeida poderia dar certo. Contudo, a desastrosa expulsão de Amaral obrigou o Flamengo a recuar, passando a ser assediado constantemente pelo adversário.

Outra mania alguns é a de achar que apenas se  joga futebol no Brasil, com um convidado televisivo, em contraste com os comentaristas, alegado que o adversário era um time comum que não jogava nada, como se as equipes brasileiras fossem a oitava maravilha do mundo. Pelo contrário, pode ser que o León venha ao Maracanã e perca de 5 do Flamengo, pois no futebol tudo é possível, mas em seu campo no México mostrou ser uma equipe habilidosa, com muito bons jogadores, toque de bola preciso e boa armação tática. Tanto que mesmo antes da expulsão de Amaral também tinha ameaçado perigosamente o gol de Felipe (o grande nome da partida), mantendo quase 70 por cento de posse de bola.

Praticamente acuado, e, sem a opção do contra ataque, pois Hernane o Brocador também teve de recuar para auxiliar o sistema defensivo, em um lance confuso de área, na disputa da jogada, o juiz argentino acabou inventando um pênalti contra o Mengão, complicando ainda mais a situação. Mauro Mosele bateu com competência deslocando o goleiro Felipe.

Quando a derrota rubro-negra se desenhava como definitiva, em uma bola parada, Elano com competência bate falta sofrida por Hernane, aos 37 minutos, e Samir quase marca de cabeça. O lance mostrava ser essa a válvula de escape do Mengão. E então, aos 43 minutos, repetindo a jogada, em nova falta sofrida pelo Brocador, Hernane alça na área para Victor Cáceres, que teve ótima atuação, empatar a partida de cabeça.

No segundo tempo, embora a altitude de León não seja extrema, com um homem a mais, a equipe do Flamengo começou a sentir mais o desgaste, pois com toque de bola, inteligentemente o adversário procurava minar as forças rubro-negras. Aos 15 minutos, André Santos, desgastado, comete um pênalti infantil, mas para sorte do Mengão, Mosele resolve enfeitar batendo na forma de "cavadinha", permitindo a Felipe ótima defesa. Isso entusiasmou a equipe, que mesmo com menos um procurava o gol, tanto que aos 17 minutos, Cáceres meteu uma bola na trave adversária. Mas a água fria veio aos 22 minutos com Arisala, o colombiano que acabara de entrar, marcando o gol da vitória mexicana.

A infantilidade de Amaral serve de lição não apenas para o Flamengo, mas para as demais equipes brasileiras na Libertadores e em especial para a própria seleção brasileira, que, na Era Dunga, no último mundial, também meteu os pés pela mão, com a expulsão do volante Felipe Melo por agressão a um adversário.

Pitbull Amaral ferrou o Flamengo contra o León
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