domingo, 27 de março de 2016

Gabigol: mais personalidade




A tímida chegada de Gabigol a seleção brasileira é ruim para ele e para o futebol brasileiro. Quando um atleta chega a vestir a camisa Canarinho é porque possui méritos para isso (ou deveria ter, tendo em vista tantas convocações equivocadas ao longo do tempo).

Com 19 anos, Gabigol, tem dois anos a mais que Pelé, quando aos 17 vestiu a camisa brasileira na Copa do Mundo da Suécia, encantando o mundo.

É claro que Gabriel Barbosa, atacante do Santos, não é Pelé e muito menos, o atual titular da seleção Neymar Júnior está próximo de ser.

Pelo contrário, Neymar em termos de seleção, até o momento, tem sido uma grande decepção. Está muito longe até de ser o jogador do Barcelona e seu companheiro de equipe Daniel Alves diz que não é para se esperar dele o mesmo nível mostrado na equipe catalã.

Ora, um dos grandes problemas da seleção brasileira de Dunga, como foi a de Felipão, tem sido justamente a dependência de Neymar, que, estranhamente inclusive utiliza a braçadeira de capitão da equipe sem que tenha a maturidade necessária para tal função, a exemplo suas constantes expulsões e cartões amarelos desnecessários.

O que se esperava de Gabigol, que tem o peso de carregar o gol no apelido, é que entre em campo jogue o seu futebol e se esqueça de Neymar e de qualquer outro.

Assim foi em 1962, com Amarildo o Possesso, quando Pelé foi sacado da equipe por grave contusão. O atacante do Botafogo não fez discurso dizendo que sua tarefa era difícil, que tentaria suprir a ausência do rei da melhor forma, etc. Pelo contrário, entrou em campo e estraçalhou apenas jogando o seu futebol.

No Mundial de clubes, Almir o Pernambuquinho fez o mesmo quando substituiu Pelé na equipe do Santos. Entrou e jogou o seu futebol e foi decisivo.

O grave problema da seleção brasileira está em colocar Neymar como salvador da pátria, quando está muito longe dessa possibilidade.

Este é o erro que vai de muitos jogadores até o técnico Dunga, cuja última peripécia foi colocar Neymar como armador de jogadas no meio-campo.

Uma boa dose de personalidade a Gabigol não fará nenhum mal ao jovem atacante do Santos.
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