quarta-feira, 8 de julho de 2015

7 a 1 do futebol do Um Sete Um


Na quarta-feira, 8 de julho, completou-se 1 ano do fatídico desastre brasileiro na Copa do Mundo de 2014, na maior vergonha vivida pelo futebol pentacampeão do mundo ao ser massacrado, impiedosamente, pelo marcador de 7 a 1, que poderia ter sido ainda mais elástico se os alemães não tivessem colocado o pé no freio.

Como na história infantil das Novas Vestes do Rei, quando um pirralho identifica no meio da multidão que o rei estava nu, com o oba a oba que se revestiu a organização da Copa do Mundo no Brasil, transformada em questão de honra de Estado, com toda a propaganda populista que esse tipo de realização envolve, tentava-se ingloriamente se vender a ilusão de que o Brasil, por um passe de mágica, ainda era um dos melhores futebol do mundo e franco favorito a conquista do caneco.

Doce ilusão construída com a argamassa ilusória do ouro de tolo com que foram construídas Brasil a fora diversas arenas superfaturadas sobre a supervisão da hoje reconhecida como antro de corrupção Fifa, com intervenção norte-americana por meio do FBI, ocasionando prisão de dirigentes na Suíça, enquanto outros se esconde pelo mundo temendo também um julgamento exemplar por parte do Tio Sam. Entre os réus figura o próprio organizador da Copa do Mundo no Brasil, José Maria Marins, então dirigente da CBF.

Independente da caixa preta da Copa do Mundo, administração da CBF e outras mazelas de nosso futebol, esperava-se, no mínimo, depois do vexame do Brasil tripudiado em casa pela seleção da Alemanha, que uma verdadeira reformulação fosse feita em nosso futebol.

Mas, ao contrário disso, tudo continuou como antes e em alguns casos até piorado. Convoca-se para técnico da seleção tanto principal como as demais, ex-jogadores sem qualquer experiência clubística. A lista de convocados sem a menor desfaçatez é integrada por atletas que não possuem a menor condição de envergar a então famosa camisa amarelinha de tantas tradições. Ilustres desconhecidos são chamados para posteriormente terem o passe valorizado no mercado internacional, área para onde desde cedo são levados como em réplica dos antigos navios negreiros a mão de obra de jogadores brasileiros atraídos por melhores rendimentos, impossíveis de serem oferecidos pelos falidos clubes do país.

O Brasil que despontou para o futebol com a conquista da Copa, em 1958, na Suécia, encantando o mundo com o seu chamado futebol arte, culminando com as figuras monumentais de um menino gênio de 17 anos ao lado de outro também notável de pernas tortas, é atualmente arremedo de si mesmo, com a marca vergonhosa do 7 a 1 misturada com as lamentáveis figuras popularmente conhecidas como Um Sete Um que continuam tentando sobreviver sugando o resto que sobra do mais popular esporte brasileiro.

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