quinta-feira, 16 de julho de 2015
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Mauricio Figueiredo
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América e a volta à elite do futebol Carioca
No passado, além dos quatro grandes atuais, o futebol Carioca contava sempre com uma quinta força ou mesmo em algumas ocasiões sexta, com o revezamento entre o América e o Bangu. O América chegou a ser campeão em 1960 com um timaço e o Bangu também conquistou outro título nos anos 60 com uma verdadeira seleção de craques.
A desorganização de nosso futebol e a falta de visão empresarial de nossos dirigentes têm levado o campeonato Carioca a um certo descrédito e perda da magia do passado.
Os quatro grandes deveriam ser os primeiros a desejarem o fortalecimento dos chamados pequenos e em especial o América e Bangu, pela tradição que possuem.
Como o campeonato, de verdade, tem servido como laboratório para o Campeonato Brasileiro, seria interessante que os grandes municiassem os pequenos com alguns de seus atletas, possibilitando, inclusive, que os mesmo na reserva ou come-dorme ganhassem ritmo de jogo.
É o que acontece, por exemplo, com o jovem goleiro César do Flamengo. Destaque nos juniores foi galgado à titularidade devido à contusão, no Brasileiro, do titular Paulo Vitor. Sem ritmo de jogo tem tido atuações bisonhas, fruto da insegurança. Caso tivesse disputado o carioca por alguma equipe pequena esse problema seria minimizado.
Um campeonato carioca em que os pequenos contassem com apoio dos grandes, cedendo alguns de seus atletas e arcando com as despesas salariais, possibilitaria o surgimento de equipes mais competitivas e também um excelente laboratório para melhor avaliação de jogadores sem oportunidades nas equipes grandes.
Como o campeonato Carioca tem se transformado em um samba de uma nota só, impede-se que os pequenos façam apenas figuração.
Agora mesmo, o América está de volta à elite do futebol carioca. Trata-se de uma agremiação simpática aos torcedores, tida como a segunda equipe de cada um.
Mas, não basta o retorno simplesmente. É preciso que se possibilite que em 2016 o América desponte como uma equipe em condições de competir com os chamados grandes, elevando a qualidade do espetáculo e grau de exigência de nossas equipes.
Quando o campeonato é fraco em termos de qualidade, dá-se a ilusão ao torcedor que os clubes do Rio estão em condições de disputar o Campeonato Brasileiro. Mas logo se vê que isso não ocorre. Temos um Botafogo na série B e o Vasco na luta contra o rebaixamento novamente, enquanto o Flamengo também ainda não se definiu. Somente o Fluminense conseguiu neste início fugir do fracasso.
O Rio de Janeiro tem condições de realizar um campeonato mais competitivo e com isso, os chamados grandes serão os primeiros a obterem vantagem, passando a dispor no Brasileiro de um elenco melhor preparado.
A VOLTA DO AMÉRICA
De qualquer forma, a volta do América que deverá ser acompanhada pela Portuguesa, da Ilha do Governador, representa um gás novo para o futebol carioca.
Um dos quer vibraram com o feito foi o senador Romário, pelo fato de o América ter sido o clube de seu pai.
Em suas contas no Instagram e no Facebook, Romário afirmou estar muito feliz pelo retorno do seu time à primeira divisão.
"Muito feliz! Meu time América acaba de voltar à Série A do Campeonato Carioca, lugar de onde nunca deveria ter saído e onde se manterá com muito trabalho e fé. O retorno foi confirmado depois da vitória agora à tarde sobre o Americano, por 2x0. Em nome do presidente Leo Almada, parabenizo toda administração e diretoria pelo brilhante trabalho. E, em nome do Fábio Braz, que liderou o grupo, parabenizo a todos os jogadores e comissão técnica".
É uma festa merecida, mas o mais importante é que sejam criados mecanismos para o fortalecimento do futebol carioca, que, até recentemente, era um dos mais importantes do país.
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