Seleção de Dunga: a mesmice de sempre

 

Não poderia ser pior a volta aos gramados da seleção Brasileira do técnico Dunga. Depois do enorme fiasco na Copa do Mundo, na qual o vexame dos 7 a 1 para a Alemanha e os 3 a 0 para a Holanda continua na goela da torcida, o comandante que fracassou em 2010 em seu retorno não consegue apresentar nada de novo em termos de reformulação da equipe. Pelo contrário, dos 22 convocados retornou com 10 do "Exército Brancaleone" de Felipão. Até aí nada de mais. Contudo, qual o significado da convocação de um lateral (já cortado) como Maicon, de 32 anos, que teve no Mundial sua oportunidade e nada mostrou.
Qual o sentido de retornar com a inoperância demonstrada por Oscar e William no meio campo brasileiro durante a Copa.
Foram dois magros amistosos, nos quais o Brasil venceu por 1 a 0, sendo que neste último, na terça-feira, levando sufoco do Equador.
Dunga erra ao não colocar, de imediato, em campo jogadores como Everton Ribeiro, Phillipe Coutinho, Ricardo Goulart e tantos novatos que desde agora precisamos, realmente, testar.
Os 10 de Felipão, com exceções como as do goleiro Jefferson, preterido inexplicavelmente por Julio Cesar, foram mais do que testados em plena Copa e sabe-se, inclusive, o que são capazes e incapazes de realizar. É preciso se ver logo de saída o que pode render os novatos. Os dois amistosos, na realidade, foram oportunidades jogadas fora.

Os amistosos são poucos e por isso, é importante que o técnico Dunga teste desde agora os chamados novatos. Não faz sentido convocar atletas como Phillippe Coutinho, Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart para serem testados apenas no banco, verificando se possuem espírito de seleção, colocando em campo outros que tiveram oportunidade e pelo menos, na Copa, fracassaram.

Em outubro, dia 11, será o grande teste contra a Argentina, em Pequim, e no dia 14, contra o Japão, em Singapura. Em 12 de novembro, o adversário será a Turquia, em Instambul, e no dia 18, provavelmente contra a Suíça.
Os amistosos servem para Dunga preparar a seleção para a Copa América e as eliminatórias para a Copa do Mundo.

Dunga precisa ser mais ousado nas experiências, inclusive no plano tático. Por enquanto, resta esperar que como ocorreu com Maincon, outros que fracassaram na Copa façam também uma lambança para que se possa ver o futebol dos novatos em campo.