O goleiro é considerado por muitos uma posição de extrema confiança do treinador. Há, no entanto, quem pense diferente e veja na convocação antecipada do goleiro Júlio César um grave equívoco do técnico Luiz Felipe Scolari que poderá derrubar a seleção brasileira na Copa do Mundo.
Em 1950, a perda da Copa do Mundo foi colocada, de forma injusta nas costas do goleiro Barbosa, do Vasco da Gama, na final contra o Uruguai, trauma que o arqueiro levou até o fim da vida, com o dissabor de ter sido barrado na concentração brasileira, quando queria um encontro com o goleiro Taffarel.
Não há dúvida que Júlio César é um grande goleiro, tendo inclusive em certo período sido apontado como o melhor do mundo. A ida para o exterior contribuiu muito para isso, depois de um período brilhante no Flamengo aliado a algumas infantilidades como a tentativa de sair jogando para mostrar sua habilidade com os pés.
O problema atual é que, nos últimos tempos, o número 1 de Felipão deixou de atuar em equipes de ponta do futebol mundial. Em alguns casos por não despertar mais interesse dos grandes clubes, sobretudo depois de ter fracassado na última Copa do Mundo e em outros pelo chamado custo-benefício. Dessa forma, Júlio César foi parar de forma bisonha em uma equipe da segunda divisão do futebol inglês, na qual, inclusive, amargou a posição de reserva. Além disso, por motivos financeiros dificultou seu retorno para o futebol brasileiro, onde voltaria a ficar na vitrine.
Com a proximidade da Copa e bancado por Felipão, como o primeiro convocado por antecipação, passando até mesmo a frente da estrela Neymar, esperava-se que Júlio César firmasse contrato com alguma grande equipe. Mas, isso não aconteceu e ele foi parar no desconhecido futebol canadense, defendendo o modesto Toronto.
Na última Copa, Júlio César trombou com Felipe Melo em um cruzamento na área brasileira e o Brasil voltou mais cedo para casa.
A vantagem atual é que já estamos em casa.
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