CRISTÓVÃO BORGES:
MISSÃO DIFÍCIL. RISCO
É CAIR SE ACERTAR
Luxemburgo é considerado um técnico de ponta no futebol brasileiro. Mas, a diretoria do Flamengo decidiu despachá-lo na terceira rodada do Brasileiro. Em seu lugar estreia Cristóvão Borges, demitindo pelo Fluminense, em março. Ele terá de arrumar a casa rubro-negra, justamente, contra o tricolor no próximo domingo, a fim de tirar o Flamengo da zona da confusão, décimo-sétimo lugar, no rebaixamento.
INTERINO FRACASSA
O interino, Jaime de Almeida, que voltou a Gávea, diante do nariz torcido de alguns membros do Conselho Gestor (nome pomposo que na Gávea é dado ao balaio de gato em que todos dão palpite diante do olhar complacente do presidente que não tem poder de decisão), por ser indicação de Vanderlei, o mesmo que trouxe Deivid (mestre em perder gols feitos debaixo da baliza) para seu auxiliar, teve sua chance contra o Náutico. Mas, colocou em campo uma escalação com atletas ainda em recuperação da forma e com isso ficou no empate por 1 a 1, pela Copa do Brasil, em pleno Maracanã. Alguns torcedores queriam a sua efetivação no cargo.
O ESTILO DE CRISTÓVÃO
E OS CHUTÕES DO MENGO
Luxemburgo queria a contratação de dois "craques" para montar o Flamengo do Brasileiro. Não conseguiu nenhum. Veio o lateral-esquerdo da seleção colombiana que, em clubes não conseguiu deslanchar, estando encostado na Itália e na lateral-direita, um esforçado jogador para suprir a demissão forçada de Leonardo Moura.
Outra novidade foi o veterano Almir, com a missão de fazer rodar o meio-campo rubro-negro, mas que ainda não engrenou.
Cristóvão Borges gosta de ter uma equipe que mantenha a posse de bola o máximo de tempo possível. Ele não vai querer o time rifando a bola com chutões para a frente, conforme vinha ocorrendo com Luxemburgo, na tentativa de que na base da correria sobraria uma bola perdida para os velocistas Gabriel, Marcelo Quirino e Everton, sem contar com o Pernalonga Paulinho, que, no entanto está em longa e eterna recuperação.
A primeira providência do novo técnico será acabar com a invenção de Luxemburgo em transformar Quirino em artilheiro do Brasil. Ele deverá voltar a sua função de garçom atuando pelas laterais do campo,conforme fazia no Atlético Paranaense, onde tinha fama de não fazer gols em clássicos.
Enquanto Nixon não se recupera, Cristóvão deverá insistir com o Alec-perde-gol. A expectativa está em Pablo Guerrero, que só deverá vir depois da Copa América, onde deverá perder seus gols pela seleção Peruana. A última vez que atuou no Maracanã foi contra o Fluminense, jogando pelo Corinthians, quando perdeu um gol feito debaixo da baliza, com o goleiro Cavalieri batido no lance. Mas, Alecgol repetiu o feito contra o Náutico na última quarta-feira.
Comenta-se que Guerrero chega ao Flamengo recebendo luvas de 12 milhões e salários de 700 mil mensais. Ele teria pedido 18 milhões ao Corinthians, que graças a crise não cometeu tamanha loucura. Como gosta muito do Rio de Janeiro, possuindo inclusive um baita ap na Barra, o peruano aceitou ganhar menos no Fla.
Rubro-negro é tão bonzinho.
O que há de concreto é que o Flamengo atual tem um bando de jogadores novatos que são eternas promessas e veteranos que continuam limitados como sempre foram desde o início da carreira e fora os que vivem eternamente contundidos em fase de recuperação.
A grande missão de Cristóvão Borges será fazer a equipe tocar a bola, sem dar chutões desnecessário, Adquirir um bom padrão de jogo e organização tática.
Não se trata de uma missão impossível. Há equipes no Brasileiro com elenco muito mais limitado que o do Flamengo, em situação melhor na tabela e em apresentação no campo de jogo,
A única diferença é que no próprio Conselho Gestor do Flamengo, há gente dizendo que Cristóvão não vai dar certo.
Duvidar ninguém se atreve.
O risco é dar certo e ser demitido.
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