domingo, 6 de setembro de 2015

Seleção longe de ser uma equipe





"Treino é treino e jogo é jogo", como disse mestre Didi. Mas a realidade é que o Brasil - que tanto encanta os locutores de tv na ânsia de levantar a moral dos brasileiros, meio desiludidos com nossa canarinho - ainda está longe de passar confiança para todos. A pífia vitória por 1 a 0 contra Costa Rica mostrou que ainda temos falhas no sistema defensivo, apesar dos cães de guarda escalados que possuem dificuldades sérias em partir de maneira eficaz para o ataque, além de novatos com síndrome de Neymar, procurando resolver no individualismo lances mesmo com companheiros melhor colocados.

A questão é que a própria indefinição do técnico Dunga acaba gerando certa ansiedade no grupo. A convocação do veterano Kaká e uma prova disso. Entrou fazendo as jogadinhas de sempre, com a agravante de agora ter o peso da idade e maior lentidão, embora o treinador acredite que ele possua um espírito de novato de 22 anos, podendo contagiar o grupo.

A Costa Rica sabia que se tratava de um amistoso. A marcação não foi cerrada, possibilitando nossos atletas a jogarem livremente. Diogo Costa aparece como a oitava maravilha que está encantando o mundo, mas não passa, no momento, de um jogador comum. Outros tantos também encantaram a todos e morreram na praia, como foi o caso de Lucas ressuscitado pelo treinador recebendo uma nova chance, embora de poucos minutos.

Lucas Lima do Santos parece ter aproveitado bem sua oportunidade, embora em terra de cego quem tenha um olho seja rei. É preciso, no entanto, cautela, pois outros na posição, a começar pelo "genial" Ganso acabaram não dizendo ao que vieram. O Brasil tem uma grande ansiedade em descobrir o tal camisa 10. Já foi tentando anteriormente com Diego, companheiro do "magistral" Robinho, que faziam chover também no Santos. O próprio Kaká já foi tido como fora de série. Queriam que William - na seleção - também fosse esse novo gênio. Mas é bom ficarmos no Neymar e olhe lá, assim mesmo com muitas ressalvas.

O principal problema da seleção é a definição de um padrão tático e principalmente muito treinamento e conjunto. Enquanto, continuarmos sendo eterno laboratório amontoando jogadores para ver que bicho pode dar, corremos sério risco quando o treino acabar e a bola rolar para valer.

JOGADAÇA DA SELEÇÃO - Depois da goleada por 1 a 0, com gol marcado pelo Incrível Hulk, empurrando o zagueiro adversário, aos 36 minutos do segundo tempo, Dunga coloca em campo o dono do time - Neymar. Automaticamente, o então capitão - como bom vassalo - mesmo continuando em campo, passa a braçadeira de capitão para o "menino prodígio". Foi a nossa melhor jogada.
Fortes emoções nas Eliminatórias...
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