terça-feira, 9 de dezembro de 2014
Craques o Brasil manda para fora
Considerada a sétima economia do mundo, o Brasil apesar disso não consegue no campo esportivo, em especial o futebol, a grande paixão nacional, estabelecer uma política esportiva que permita presença no cenário mundial como grande potência.
O desastre anunciado com a atuação vergonhosa na Copa do Mundo deste ano realizada no país, depois de enormes gastos com a construção de arenas não foi o bastante para que mudanças profundas fossem feitas em relação ao futebol nacional.
Clubes endividados até a raiz dos cabelos, em que pese a grande injeção financeira de estatais como a Petrobras, sem que houvesse em contrapartida cobranças diante da "farra dos bois" de dirigentes inescrupulosos.
Nos últimos anos, o Brasil assumiu o papel de exportador de mão de obra barata no futebol para o exterior, reservando-se para o público interno espetáculos de baixo níveis com equipes montadas com atletas que não conseguiram vez no mercado exportador e de veteranos que retornam à pátria depois de rejeitados no exterior.
A seleção brasileira - no passado orgulho nacional - passou a ser uma mercadoria a ser exibida no circo internacional com amistosos pelos quatro cantos do mundo, no qual empresários exibem seus atletas. Hoje qualquer ilustre desconhecido veste a famosa camisa canarinho e tem seu passe valorizado no cenário internacional.
As divisões de base do futebol brasileiro passaram a ser berçários no qual se fabricam os futuros ídolos para o exterior. Qualquer menino de pouca idade acalenta o sonho de ir atuar na Espanha, Itália, Portugal, Turquia, Rússia, deixando o cenário nacional em desconfortável terceiro plano.
Um clube da grandeza do Botafogo, que deveria ser regiamente indenizado pelo governo brasileiro e pela própria CBF, ingloriamente se vê rebaixado para a segunda divisão sem condições de honrar o pagamento dos salários de atletas e funcionários.
Mas outras tantas equipes passam pela mesma asfixia financeira.
Passamos a ter modernas arenas esportivas impostas pela Fifa e em contrapartida um futebol de má qualidade.
O país pentacampeão do mundo merecia uma Política Esportiva digna das brilhantes conquistas do passado. Assim como as escolas, os clubes poderiam ser núcleos potenciais de formação de crianças e jovens e também de acolhimento de adultos de menor poder aquisitivo que com o passar da idade não possuem direito à prática esportiva tão salutar para a melhoria da qualidade de vida.
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