Em muito maior grau do que ocorreu com a construção de estádios no Brasil para a Copa do Mundo de 2014, o número de mortos nas obras para o Mundial de Futebol no Qatar tem sido em proporção muito maior, com o registro de que a cada dia de trabalho para a Copa de 2022 morre um trabalhador nepalês.
Segundo a Anistia Internacional 188 trabalhadores nepaleses que chegaram a trabalhar sob temperaturas de 50 graus, acabaram morrendo.
A cada dois dias de trabalho nas obras de preparação para o Mundial 2022, no Qatar, morre um trabalhador nepalês, registra o jornal britânico The Guardian com base numa denúncia feita pela Anistia Internacional.
De acordo com o jornal, 188 trabalhadores perderam a vida na preparação do evento, no decorrer de 2014, sobretudo devido às elevadas temperaturas - chegam a atingir os 50 graus - a que estavam sujeitos.
Os números oficiais apontam para 75 óbitos por insuficiência cardiovascular e 35 acidentes, havendo, por isso, várias mortes por justificar. O governo do Qatar já fez saber que vai investigar os casos reportados e que tenciona melhorar as condições de trabalho dos 964 imigrantes do Nepal, Índia e Bangladesh que chegaram àquele emirado desde 2012.
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