quarta-feira, 2 de julho de 2014

Prorrogação exige boa estratégia



Cinco partidas das oito disputadas nas oitavas de final da Copa do Mundo foram para a prorrogação. Tal fato, além de ser recorde, faz com que os técnicos devam ter estratégia para esse tipo de ocorrência.
Fica evidente que, a utilização das substituições devem ser prolongadas ao máximo, fazendo com que nas prorrogações as equipes passe a contar com o chamado "sangue novo", em condições de nos 30 minutos decisivos eliminarem o adversário.
Na prorrogação, normalmente, há um afrouxamento na marcação pelo sistema defensivo das seleções e grande parte dos atletas passa por um grande desgaste físico, com o aumento de lesões e de caimbras. Por isso, o técnico que sabe utilizar bem esses 30 minutos acaba dando a sua seleção melhores condições de vitória.
Algumas seleções inclusive usam a estratégia de se resguardarem ao extremo durante o primeiro tempo da partida, procurando desgastar ao máximo o adversário. A busca da vitória é intensificada no segundo tempo, com as substituições ocorrendo mais próximas do término da partida, com a saída dos atletas mais desgastados fisicamente. Há inclusive quem deixe as substituições para a própria prorrogação.
Outro fator importante é a de reservar para o fim os atletas mais aptos para a disputa dos pênaltis, caso isso acabe ocorrendo.
O desgaste emocional pode também ser decisivo, como ocorreu na disputa do Brasil contra o Chile, na qual a classificação ficou nas mãos do goleiro Julio Cesar, com dois atletas tendo perdidos gols nas penalidades (Hulk e William) e o próprio capitão da equipe, Thiago Silva, ter pipocado na hora da disputa.
Há quem diga que na estratégia dos pênaltis deva ser dada prioridade aos atletas mais condicionados pelo ritmo da partida, evitando que substitutos que entraram no finalzinho da prorrogação constem da lista inicial. Tudo são questões que devem ser avaliadas com a máxima antecedência e um bom planejamento.
Resta saber se o Brasil possui esse planejamento ou se deixamos tudo por conta da emoção e do improviso.
MAURICIO FIGUEIREDO
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