A poderosa seleção da Alemanha estreou na Copa do Mundo atropelando Portugal de Cristiano Ronaldo, a meia bomba, por 4 a 0, em pleno calorão de 1 da tarde em Salvador. Foi o bastante para Gana botar as barbas de molho e, sem abrir mão de atacar, ter se armado fortemente na defesa, arrancando um empate glorioso por 2 a 2, em partida iniciada às 19 horas, em Fortaleza.
Na mesma linha de tentar conter os alemães, os norte-americanos conseguiram no calorão do Recife, em partida iniciada às 13 horas, vender caro a derrota por 1 a 0 para os alemães.
Outra seleção que enfrentou com dignidade os alemães foi a Argélia, em partida iniciada às 17 horas, em Porto Alegre, vendendo caro a derrota por 2 a 1, somente na prorrogação. No Maracanã, pelas quartas de final, os alemães derrotaram com dificuldade a França por 1 a 0.
Além de ter perdido seu principal atacante - Neymar -, o Brasil decidiu enfrentar os alemães de igual para igual, colocando no time o menino Bernard - 21 anos - com a camisa 20 para ser o nosso novo Amarildo e deixando misteriosamente despovoado o meio campo, com seus tradicionais cabeças de bagre. Para comprometer ainda mais a nossa fragilidade, o melhor defensor - David Luiz - foi deslocado do lado direito da zaga para a posição do chorão Thiago Silva - infantilmente afastado da partida devido a um cartão amarelo. Na zaga entrou o atabalhoado Dante privilegiado pelo chocolate alemão. O reserva imediato de Thiago Silva (Henrique) acabou vindo ao Brasil a passeio.
Empurrado pela torcida mineira, nos primeiros minutos, os brasileiros ensaiaram algumas armações ofensivas, mas lembrando o Brasil de 1958, quando em menos de três minutos Pelé, Garrincha e companhia nocautearam a poderosa seleção da Rússia, os alemães levaram a nocaute a família Felipão.
A nossa desculpa é que eles atuam juntos há muito tempo e o Brasil deixou de formar uma verdadeira seleção passando apenas a catar os cacos de seus atletas espalhados pelo mundo como uma Legião Estrangeira.
MAURICIO FIGUEIREDO
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