VITÓRIA CONTRA A FRANÇA
AINDA NÃO É O BASTANTE
Está a seleção brasileira realmente pronta para fazer um bom
papel na Copa das Confederações? A vitória por 3 a 0 no amistoso contra a
França, em Porto Alegre, apesar de ter devolvido um pouco das esperanças a
muitos torcedores, ainda não é o bastante para garantir se o Brasil está em um
estágio para brilhar na competição.
É preciso se levar em conta que no segundo tempo houve
muitas substituições nas duas equipes e na primeira fase o time de Felipão
encontrou as velhas dificuldades para passar pela retranca adversária. Neymar –
a estrela da companhia – por exemplo continua devendo um futebol a altura da
fama internacional que ganhou, muito mais por uma forte mídia e marketing do
que pelo futebol apresentado com a camisa amarelinha.
De qualquer forma, a seleção entra mais confiante na estréia
pela Copa das Confederações, no sábado, diante do Japão. Mas, de verdade não se
sabe o que pode acontecer. Tanto pode ocorrer uma grande goleada no Mané
Garrincha, em Brasília, como voltarmos a uma recaída com a dificuldade de
vencer equipes retrancadas, caso seja essa a estratégia japonesa.
No finalzinho do jogo, Felipão testou a formação de três
zagueiros com David Luiz fazendo uma espécie de cabeça de área, mas o tempo foi
exíguo para maiores conclusões. Da mesma forma Luiz Gustavo mostrou-se um
jogador comum como muitos que figuram no futebol brasileiro e estranhamente
Paulinho, do Corinthians, só se soltou no segundo tempo, mas justamente quando
seu futebol começou a crescer acabou sacado pelo técnico.
O Brasil estreia na competição sem ter, claramente, a equipe
ideal definida. Isso não é problema, pois, em nossa primeira conquista mundial –
a copa de 1958 na Suécia, os ajuste foram feitos posteriormente. Só que a
entrada na equipe definitiva coube a dois gênios: Pelé e Garrincha. Na
atualidade, é difícil ver algum gênio que possa resolver os nossos problemas.
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