quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Grêmio: o mito do 10 contra 11

Muitos torcedores e infelizmente jogadores fazem coro com o mito de que às vezes fica difícil enfrentar uma equipe com um jogador a menos. Esse foi o caso do Grêmio contra o Toluca pela Libertadores, na qual o tricolor com um jogador a mais foi derrotado pelo adversário por 2 a 0.

O problema está na mesmice dos técnicos e seus treinamentos, inclusive os secretos.

Uma equipe titular deve ser colocada para treinar com algumas dessas situações, que podem ocorrer durante uma partida, inclusive as decisivas.

O técnico deve colocar sua equipe para jogar com 10 contra os 11 reservas, forçando o time a encontrar soluções tanto defensivas como de ataque para surpreender o adversário.

É preciso também treinar o inverso. Os titulares com 11 contra 10 do reserva recheados de cabeças de área e defensores, fazendo um grande ferrolho.

Há necessidade de treinar com o goleiro titular na equipe reserva e o reserva na titular. Desse modo, o titular tende a ser mais exigido.

Parte do treino pode ser feita com a expulsão do goleiro, obrigando o time a improvisar um jogador no gol. Alguns atletas devem ser treinados para essa função. Muitos jogos podem ocorrer com essa necessidade.

Em um treinamento variado deve ser colocada a zaga titular atuando pelos reservas, a fim de que enfrente o maior potencial dos titulares e esses encontrem uma zaga, supostamente, mais eficiente.

O técnico pode inclusive variar o treino da zaga, colocando um zagueiro reserva para atuar ao lado do titular e o mesmo ocorrendo na equipe reserva com um titular ocupando a posição.

Deve ser dado treinamento específico de cobrança de faltas para vários jogadores do elenco, não se limitando esse tipo de jogada apenas aos jogadores mais qualificados.

O treinamento de pênalti deve ser constante, inclusive dos goleiros que deve ser treinados também a saber jogar com os pés, como ocorre no futebol de salão.

Treinamentos específicos de jogadores canhotos chutando com a perna direita e os demais com a esquerda.

Treinamento de escanteios com variações de jogadas, além das manjadas subidas dos zagueiros para cabecear.

Incentivo ao show, quando o placar de uma partida der margem a isso. Uma simples caneta no adversário durante uma partida pode levantar o astral de toda uma equipe e ao mesmo tempo deixar o adversário meio em pânico.

Colocar o juiz do treino como um coadjuvante, com marcação invertida de faltas, vista grossa para os impedimentos, etc, principalmente em relação ao time titular, a fim de testar os nervos dos atletas, criando condições comuns em uma partida oficial. O número de atletas que perde o controle em uma partida com o recebimento de cartão amarelo ou vermelho é altamente prejudicial para uma equipe.

Coletivo com os reservas com 12 jogadores contra 10 dos titulares.

Torneios de futebol de salão para melhorar a rapidez nas jogadas, a improvisação, os passes.

Cobrança rápida de laterais, pois isso, em determinadas ocasiões pode pegar o adversário de surpresa, o mesmo ocorrendo com a cobrança de faltas. Treinar atacantes em funções defensivas, pois isso poderá ser necessário na competição.

Treinar zagueiros e defensores em função ofensivas, pois muitos gols são perdidos pela falta de treinamento de defensores quando surgem oportunidades como as decorrentes de um escanteio, etc.

A derrota do Grêmio para o Toluca, com um jogador a menos por parte do adversário, é apenas a consequência da falta de bom treinamento por parte das equipes.
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