sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Futebol: quem corre são os cartolas




Até há algum tempo, os Estados Unidos davam pouca bola para o futebol, que chamavam de soccer, um jogo para os "fracos". Quando o esporte tornou-se altamente rentável atraindo meio mundo e agora até os chineses, Tio Sam resolveu entrar na brincadeira colocando a casa em ordem.
Obama mandou o FBI diretamente na Suíça prender meia dúzia de larápios e continua fazendo a varrição dentro e fora da chamada zona do agrião.

Agora mesmo, deseja a extradição de ninguém menos que o ex-presidente de Honduras Rafael Callejas sob suspeita de envolvimento na corrupção na Fifa.
O brasileiro José Marin é um dos que estão em cana em Nova York e o ex-presidente da CBF (pediu pra sair recentemente) Del Nero anda com as barbas de molho, também acusado pelo FBI junto com Ricardo Teixeira, ex-presidente da entidade máxima do futebol brasileiro.

Como policiais do mundo, conforme o filósofo Bertrand Russel previu que aconteceria um dia, os Estados Unidos colocaram sob suspeição todo o futebol sul-americano, alegando que a área vive em estado de "corrupção sistemática". A denúncia é que a cartolagem recebeu propinas para a Copa Libertadores, Copa América, Eliminatórias para a Copa do Mundo, com contratos comerciais envolvendo também amistosos, no valor de US$ 200 milhões.

Em trabalho conjunto as polícias da Suíça e dos Estados Unidos realizaram mais novas prisões, em Zurique, incluindo o presidente da Conmebol, Juan Ángel Napout e o hondurenho Alfredo Hawit, presidente da Concacaf, ambos vice-presidentes da Fifa. Já estão em cana 16 cartolas.


O timaço dos cartolas indiciados está assim formado: Juan Ángel Napout (presidente da Conmebol), Manuel Burga (ex- presidente da Federação de Futebol do Peru), Carlos Chavez (Federação da Bolívia), Luis Chiriboga (Equador), Eduardo Deluca (secretário-geral da Conmebol), Jose Luis Meiszner (ex-secretário da Conmebol), Romer Osuna (auditor da Federação da Bolívia), além de Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira.

O indiciamento também acusou Alfredo Hawit (presidente da Concacaf), Ariel Alvarado (ex-presidente da Federação do Panamá) Rafael Callejas (ex-presidente da entidade de Honduras), Brayan Jimenez (presidente da Federação da Guatemala), Rafael Salguero (da Guatemala e membro da Fifa), Hector Trujillo (secretário-geral da Federação da Guatemala), Reynaldo Vasquez (ex-presidente da Federação de El Salvador).

As operações policiais iniciadas em maio estão tendo prosseguimento, com muito cartola receando sair de seus países. Estão sendo alvo de investigação os de maio e de dezembro presidentes ou ex-cartolas das federações do Chile, Colômbia, Bolívia, Brasil, Venezuela, Honduras e Costa Rica.

A operação comandada pelo Tio Sam envolve ainda empresários da área esportiva e intermediários de negociações.

Os norte-americanos justificam a interferência no futebol mundial sob a alegação de que os atos de propinas foram acordados e realizados no país, alguns deles por meio de bancos americanos.

A mais recente prisão de cartolas ocorreu em Zurique, onde ocorreu as reuniões do Comitê Executivo da entidade. A turma é suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro e aguardam o processo de extradição para os Estados Unidos.

A máxima de Didi de quem corre é a bola está dando lugar a quem corre são os cartolas. (MAURICIO FIGUEIREDO)

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