sábado, 5 de julho de 2014
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Seleção Brasileira
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Brasil acorda sem Neymar
A seleção brasileira já está na Granja Comary, em Teresópolis, com a festa pela passagem para as semifinais da Copa do Mundo, empanada um pouco pelo trágico afastamento do craque maior Neymar da competição. A Neymar-dependência acabou sendo o grande erro da montagem da equipe de Felipão e resta saber que tão próximo da decisão da semifinal contra a poderosa Alemanha, o técnico conseguirá armar a seleção de maneira a suprir a falta de sua estrela.
Um erro foi cometido: nem na época de Pelé - o rei do futebol - o Brasil foi esquematizado na base do samba de uma nota só. Outros craques tiveram com o rei a divisão de responsabilidade, em que pese Pelé ser um atleta decisivo.
Ao contrário de sua equipe Barcelona, na qual figura como mero coadjuvante, na seleção, Neymar, com seus 22 anos, passou a atuar como verdadeiro dono do time. A ele cabe quase tudo, desde a cobrança de faltas e pênaltis até mesmo um simples escanteio, mesmo que sucessivamente erre os lançamentos à área adversária. Contra a Colômbia, não fosse a iniciativa de David Luís, que teve personalidade de sair da Neymar-dependência, batendo a falta decisiva para o Brasil, a seleção poderia amargar sua desclassificação.
Achar que a seleção pode morrer na praia com a ausência de Neymar é dar ao ex-craque do Santos um status que ainda não atingiu e ao mesmo tempo descrer da capacidade do restante do elenco.
A perda de Neymar pode inclusive resultar no aumento de rendimento de muitos atletas, entre os quais Fred, uma das maiores vítimas da Neymar-dependência.
O futebol reserva muitas surpresas inexplicáveis. Em 1962, bicampeonato do Brasil, o país ficou traumatizado com a perda de Pelé, mas a seleção tinha muitos outros atletas em plena condição de decidir a parada, como Vavá, Didi e sobretudo Garrincha que chamou para si a responsabilidade e se tornou o maior do mundial no Chile. Além disso, entrou no time um garoto chamado Amarildo, que não sentiu o peso de substituir Pelé.
Inegavelmente, a tarefa de substituir Neymar é muito mais fácil;
Resta saber se o Brasil sem ele possa ser de fato uma verdadeira seleção.
MAURICIO FIGUEIREDO
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