segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Quando a estrela não sobe




O futebol dos Garotos da Copa São Paulo, que chegou ao fim nesta segunda-feira, com o Flamengo campeão, ao mesmo tempo que revela um amadurecimento técnico de algumas equipes, com raros casos de atletas cultivando o vício de se atirar ao chão para cavar pênaltis ou faltas, exige também uma certa cautela por parte de quem já projeta a gurizada sendo escalada na equipe de cima ao lado dos marmanjos.

Pelo próprio gigantismo, a Copinha tem seu início com uma baba de equipes formadas, muitas delas por empresários, querendo projetar seus atletas. Com isso, o nível técnico é baixo e as equipes melhor estruturadas aparecem dando grandes goleadas e exibições que, em um primeiro momento podem falsear as reais condições técnicas dos garotos.

É verdade que o futebol de muitos desperta uma certa atenção. Agora, saber se vingarão entre os grandões vai uma distância enorme.

O próprio Flamengo chegou a ter jogadores provenientes de sua base, mas que acabaram fazendo água não mostrando ao que vieram. Um deles inclusive tirado do Fluminense - Toró - chegou apesar da paciência dos técnicos não vingando. Outro caso foi o de Negueba e vários lourinhos também que a equipe da Gávea acaba colocando em seu elenco na esperança de descobrir um novo Zico.

A subida de um jogador novato para os profissionais deve ser feita de maneira natural. Às vezes a ascensão ocorre quando menos se espera, devido ao próprio amadurecimento do jovem. O Flamengo tem em sua lateral-esquerda o promissor Jorge, que, antes não era olhado com atenção, a ponto de serem feitas contratações esdrúxulas para a posição como a de Anderson Pico,

Tanto o Flamengo como o Corinthians e outras grandes equipes que se destacaram na competição, precisam ter o máximo cuidado na utilização da garotada na equipe de cima, a fim de que não surjam como salvadores da Pátria.

Muitos deles que brilharam na Copinha sequer possuem físico para uma disputa mais acirrada entre os profissionais.

É preciso que um garoto que, atualmente, brilhe no futebol dos Meninos tenha tempo suficiente para amadurecer. Ser galgado ao time profissional na base do oba-oba é algo perigoso. Em um primeiro choque com um cabeça de área, no estilo antigo, pode ser jogado fora de campo e a joia rara nunca mais voltar. E neste caso, a estrela não sobe.

Foto: Toró, Flamengo
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