quinta-feira, 2 de maio de 2013
Futebol: a caixinha de surpresa
ASCENSÃO E QUEDA
DO IMPÉRIO CATALÃO
Mauricio Figueiredo
O futebol é uma "caixinha de surpresa", segundo a máxima atribuída ou popularizada por Luiz Mendes. E este foi o caso recente do Barcelona. Que nenhuma equipe pode se garantir tanto tempo hegemônica no futebol é um fato. Sempre surgirá um novo time, com novos jogadores e estratégias táticas que suplantarão os "invencíveis".
O Barcelona fez do toque de bola, não dando oportunidade do adversário em pegar a bola a sua estratégia que encantou a muitos. Em algumas oportunidades chegou a deter mais de 80% de posse de bola. Na disputa do mundial contra o Santos foi assim, com Neymar e seus companheiros paralisados em campo, vendo a equipe espanhola jogar.
Em algumas oportunidades, o futebol do Barcelona chegava a ser irritante. Muitos, acostumados com erros de passe de dois metros, matade de bola na canela e conclusões pífias ao gol adversário, em um misto de inveja e raiva, ficavam à espera do tropeço do time espanhol.
E essa queda veio justamente na disputa contra o Bayern. E a arma alemã foi a de acreditar ser possível o Golias imprensar o pequeno David, usando de sua força como arma inquestionável para surpreender o adversário.
Além da força física, os alemães não se intimidaram com o toque de bola espanhol. Taticamente mentalizaram que o nome da brincadeira não é apenas a posse de bola, mas chegar o mais rápido ao gol adversário e concluir com chutes decisivos ao gol.
Ao contrário de outras equipes, como o Santos, que já entraram em campo apequenadas temendo o "invencível" adversário, o Bayern entrou com a imponência de um cachorro grande que não poderia, de modo algum, se intimidar com um vira lata audacioso, mas fisicamente fracote.
E os alemães descobriram o "calcanhar de Aquiles" do Barcelona, que é, sem dúvida, a fragilidade de seus laterais, que com baixa estatura podem ser explorados, facilmente, pelas jogadas aéreas.
Na somatória dos dois jogos disputados, os alemães marcaram 7 gols e não sofreram gols.
O Barcelona deixou de fora da segunda partida seu astro principal - Messi - e sem ele, mostrou-se um time comum que se rendeu ao melhor e mais eficiente futebol alemão.
Resta saber se o Barcelona terá condições de se reinventar. E o caminho parecer ser a formação de uma zaga mais eficiente que a atual.
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