segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A lenga lenga dos técnicos

Ao contrário dos jogadores que continuam sendo exportados para todo o mundo, os técnicos
brasileiros da atualidade não conseguem se firmar no comando de grandes equipes do
futebol mundial no exterior e, ultimamente, sequer seus nomes são cotados. Técnicos de
outros países, como os portugueses são disputados sempre por equipes fortes do exterior.
O caminho dos brasileiros tem sido centros mais atrasados como o Japão e outros.

Por isso, a lenga lega que se forma quando um técnico é demitido não faz grande sentido.
Se vem logo a informação de que no futebol europeu o técnico passa anos e anos no
comando de uma equipe, esquecendo-se que nossa realidade é outra e implica vários
elementos. O primeiro deles e talvez o mais forte: o futebol é a grande paixão nacional
e nenhuma torcida suporta sua equipe sofrendo uma série de derrotas seguidas, principalmente
para equipes consideradas mais fracas.

Agora, há casos de técnicos pedindo ajuda da mídia na campanha de preservação de seus
empregos. Trata-se de algo cômico, quando alegam ser uma profissão altamente estressante,
esquecendo-se de mencionar também que está entre as mais rentáveis do país. Ou que
comparação poderíamos fazer com um técnico de futebol com os centenas de nossos
médicos cirurgiões em seus esforços de salvar vidas em hospitais mal aparelhados e
com falta de pessoal de apoio?

O que os técnicos brasileiros precisam fazer é aproveitar melhor o período que estão sem
clube _ e para muitos deles _ é um período muito curto para procurar maior atualização.
A teimosia em escalar mal a equipe (não se sabe se cedendo a pressão de dirigentes ou
empresários), o medo de ousar (não se sabe se para não perder o emprego), etc, tornam
nossos técnicos rotineiros e previsíveis.

O Campeonato Brasileiro, por exemplo, com seus 20 clubes, quando tem início, pelo
menos 10 equipes são tidas como prováveis campeãs, pois há um grande nivelamento
ao contrário de grandes centros como a Espanha, Inglaterra, França, Itália e Alemanha na
qual não há surpresa entre os possíveis campeões que praticamente se revezam na
conquista de seus campeonatos.

Para os técnicos brasileiros, a única bandeira válida é a de adesão ao movimento dos
atletas pela racionalidade de nossos calendários, com um calendário de menos jogos
em beneficio da possível melhoria da qualidade do espetáculo. Como sétima economia
do mundo, o Brasil tem condições de possuir clubes fortes, mas para isso será preciso
também a melhoria na gestão dos clubes e da capacidade de nossos dirigentes esportivos
que como os técnicos deveriam ser demitidos a cada semana.


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